domingo, 29 de março de 2009

Introdução.


Antes de falar da engenharia é necessário falar de engenhar. O homem começou a engenhar, ou seja, pensar ainda no Período Paleolítico, construindo objetos simples como armas para a auto defesa e para a caça. Com o passar dos anos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar as técnicas de produção desses objetos e para isso surgiu o Engenheiro. Mas esse engenheiro atuava observando problemas antigos e sem fundamentação teórico. Só no século XVIII, com o avanço da física e da matemática que surgiu a engenharia moderna. Ela atua de acordo com os fundamentos teóricos, analisando toda a parte física do material. No Brasil a engenharia foi trazida por Dom João VI, em 1810, na área militar.Após a Revolução Industrial as indústrias cresceram muito no âmbito mundial, aumentando a procura por melhores produtos, pela lucratividade e pela administração de empresas.Assim, em 1882 nos Estados Unidos surge o “Industrial Engeneers” difundida por Henry Ford. Ao chegar no Brasil recebeu o nome de Engenharia de Produção e a primeira escola foi a Universidade de São Paulo. Sua função é melhorar produtos, minimizar custos aumentando a lucratividade da empresa.
Fonte:www.engenheirando.com.br

Objetivo.

Indicar a evolução da engenharia de produção no aspecto mundial, apontando datas e locais significativos, seus precursores, assim como as áreas de atuação da profissão e o mercado de trabalho.

Surgimento da Engenharia Moderna.

Com a evolução das técnicas também surgiu a necessidade da solução de problemas e para isso surgiu um especialista que não tinha preocupação com os fundamentos teóricos, e ocupavam-se em construir dispositivos, estruturas, processos e instrumentos com base em experiências passadas.Com a rápida expansão dos conhecimentos científicos e com sua aplicação nos problemas, surge o Engenheiro. Esse termo vem do romano “ingenarius”.Aos poucos a engenharia foi se estruturando, fruto fundamentalmente do desenvolvimento da matemática e das explicações dos fenômenos físicos. A nova engenharia surgiu no século XVIII com o conjunto sistemático e ordenado de doutrinas e estabeleceu um marco divisório entre a engenharia do passado e a engenharia moderna.A primeira foi caracterizado pelos esforços do homem de criar e aperfeiçoar dispositivos que aproveitassem os recursos naturais. Foi nessa engenharia que surgiram os armamentos, fortificações, estradas, pontes, canais etc. A característica básica destes indivíduos foram o empirismo.A engenharia moderna é aquele que se caracteriza pela aplicação generalizada dos conhecimentos científicos à solução de problemas

Engenharia no Brasil.

engenharia brasileira é bastante jovem. Teve origem na área militar, em 1810, quando Dom João VI criou a Academia Militar do Rio de Janeiro.A necessidade de desenvolvimento, principalmente nos setores de saneamento, ferroviário e de portos marítimos, motivou a fundação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1874, estendendo também aos civis.Com as transformações causadas pela revolução de 1930, a modernização industrial cresceu muito, bem como as instituições dos estados, já as profissões e as próprias relações de trabalho sofreram grandes impactos.Em dezembro de 1933, no governo de Getúlio Vargas, é promulgado o Decreto Federal n.◦ 23.569, regulamentando as profissões liberais de Engenheiros, Arquitetos e Agrimensores e instituindo os Conselhos Federal e Regional de Engenharia e Arquitetura.Em 1966, a Lei 5.194 revoga esse decreto, conferindo maior autonomia e fazendo algumas modificações como:• A expressão Agronomia passa a ser integrada nas denominações dos Conselhos;• A composição do Conselho Federal é ampliada de dez para dezoito membros;• O presidente deixa de ser designado para ser eleito;• São instituídas as Câmeras Especializadas nos CREAs;• As profissões são caracterizadas em função do interesse social;• Os CREAs passam a registrar firmas;• O CONFEA adquire competência para baixar Resoluções;• O salário mínimo é assegurado.

História da Engenharia de Produção.

Durante o século XIX acorreu uma revolução que mudou a forma de trabalhar, pensar, produzir e a relação entre homem e máquina. Essa revolução teve origem na Inglaterra espalhando-se rapidamente para o resto do mundo. Esse fato histórico ficou conhecido como “Revolução Industrial”. Com o crescimento do setor industrial da época, surgiu a necessidade de organizar e administrar complexos sistemas de produção; Com isso surgiu nos Estados Unidos a Engenharia de Produção, no período de 1882 a 1912, que fincou suas bases em todo o mundo. Mas foi no início desse século que sua difusão foi intensificada, fundamentando-se basicamente na indústria metalo-mecânica. Outros fatores como o recente desenvolvimento japonês e a doação da temática da Qualidade e Produtividade como pontos centrais nas empresas e organizações privadas, públicas, industriais, serviços e de governos, consolidaram essa difusão. Iniciou-se com o nome de Engenharia Industrial sendo Preconizada com o surgimento e o desenvolvimento do chamado “Scientific Management”, obra dos engenheiros F.W. Taylor, Frank e Lílian Gilbreth, H.L. Gantt, Walter A. Shewart, Henry Fayol, dentre outros. Segundo Leme, apesar de muito atacado e controvertido, o Scientific Management passou a ser introduzido em diversas empresas por consultores que se intitulavam “Industrial Engineers”. Foi neste momento que surgiu a Industrial Engeneering. Mas a Engenharia Industrial só ganhou grande destaque mundial com o surgimento da produção em massa, difundida por Henrry Ford*.A Engenharia de Produção nasceu dentro da Engenharia Mecânica e por isso se dedicou inicialmente aos sistemas físicos. Na década de setenta, notou-se no Brasil, que os conceitos e métodos da Engenharia de Produção ganharam visíveis desenvolvimentos, tornando-se independente das demais áreas tecnológicas e sendo aplicada em todas áreas clássicas das engenharias. A Engenharia de Produção é uma habilitação específica derivada de qualquer uma das seis áreas da Engenharias, por isso existem cursos de engenharia de produção mecânica, engenharia de produção elétrica etc.A Engenharia de Produção, desde sua origem tem recebido grande influencia norte-americana. Ela definiu-se em diversos países americanos como curso formalmente organizado o que não aconteceu em outras regiões. Na Europa são poucos os programas acadêmicos que reúnem os elementos de conhecimento e os objetivos característicos da Engenharia de Produção, existindo exceções como na França e na Inglaterra onde nos últimos anos a Engenharia de Produção tem tido apreciável desenvolvimento.

História da Engenharia de Produção no Brasil.

No Brasil a Engenharia de Produção foi introduzida em 1957 pela Escola Politécnica da USP, sob a coordenação do Prof. Ruy Aguiar da Silva Leme, tendo como cenário o forte processo de industrialização vivido pelo país na época, mais particularmente com a instalação das indústrias automobilísticas na região do ABC paulista. Conforme explica Leme (1983), estas empresas, especialmente as norte-americanas, possuíam nos seus organogramas posições que nas matrizes eram ocupadas por “Industral Engeneers”, como, por exemplo, os departamentos de tempos e métodos, de planejamento e controle de produção, de controle de qualidade, entre outros. No cenário atual, de acirrada competitividade, integração entre os mercados globais, demanda por produtos de alta qualidade e empresas cada vez mais com mais máquinas e menos pessoas, é visível a necessidade de recursos humanos compatíveis com tais atribuições e desafios de gestão. Assim, a presença de engenheiros de produção nas empresas está se tornando imprescindível, em todos os ramos da indústria, comércio ou serviços. No Brasil não é diferente, as instituições de Ensino, estão cada vez mais oferecendo o curso de Engenharia de Produção.

A Profissão.

A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para características de produtos ( bens e/ou serviços ) e de sistemas produtivos, vincula-se fortemente com as idéias de projetar e viabilizar produtos e sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza.A definição clássica da Engenharia de Produção adotada tanto pelo American Institute of Industrial Engineering (A.I.I.E.) como pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABREPO) diz:“Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados, envolvendo homens, materiais e equipamentos, especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas, recorrendo a conhecimentos especializados da matéria, física, ciências sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto de engenharia”.O curso de Engenharia de Produção tem como objetivo formar profissionais que, além de terem capacitação e habilitação técnica para desenvolver trabalhos tradicionalmente realizado pela área escolhida – Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica ou Engenharia Civil -, também estejam preparados para, adicionalmente, exercer funções gerenciais e de liderança administrativos em todos os níveis da organização. É sem dúvida a menos tecnológica das engenharias, uma vez que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimento e habilidades, é a mais humanista das engenharias, pois estuda novas metodologias de organização do trabalho, a vida financeira empresarial e novos modelos de Gestão, lidando constantemente com os recursos Pessoais.

Produtividade....


A produtividade é basicamente definida como a relação entre a produção e os factores de produção utilizados.
A produção é definida como os bens produzidos(quantidade de produtos produzidos). Os factores de produção são definidos como sejam pessoas, máquinas, materiais e outros. Quanto maior for a relação entre a quantidade produzida por factores utilizados maior é a produtividade.
A produtividade é muitas vezes medida por trabalhador mas em muitas situações onde os custos com pessoas são uma percentagem reduzida dos custos totais têm que se ter em conta os outros factores necessários para produzir os resultados pretendidos.
O grau de produtividade de um agente econômico (pessoa, empresa, país, etc.) é, regra geral, um dos melhores indicadores para a medição do nível de eficiência e eficácia do mesmo.
No ambiente agronômico ou agrícola, produtividade é definida como a quantidade de produção por unidade de área. Exemplo kg/ha = kilogramas por hectare.

Exemplos de atuação

Na gestão do trabalho e da empresa

Elaboração de planos para avaliação de cargos e sistemas de incentivos;
Elabora planos para identificar e resolver problemas de alocação de recursos;
Atua em programas de higiene e segurança do trabalho;
Participa e colabora na seleção e treinamento de pessoal;
Realiza a interface entre as áreas administrativas e técnicas da empresa.

Na área de planejamento industrial

Realiza estudos sobre a localização geográfica da empresa e planejando o arranjo físico de suas instalações;
Desenvolve estudos de viabilidade técnico-econômica para aplicação de capital no processo industrial;
Conduz programas de redução de custos;
Elabora e calcula lotes econômicos e séries de produção, bem como previsões de venda;
Estabelece políticas de administração e controle de estoques e reposição de equipamentos;
Presta assistência no desenvolvimento de máquinas, ferramentas e produtos e no desenvolvimento de políticas e procedimentos;
Acompanha e supervisiona a operação de materiais e equipamentos.

Como gestor do sistema produtivo

Desenvolve projetos e faz o planejamento para controlar a produtividade ou eficiência operacional de uma empresa, conjugando os recursos humanos e materiais disponíveis, visando ao aumento da produção com o menor custo possível;
Desenvolve métodos de otimização do trabalho;
Cria procedimentos para programação e controle de produção;
Desenvolve programas de controle da qualidade;
Apresenta modelos de simulação para problemas administrativos complexos.

Problemas tratados.

Melhoria e garantia da qualidade dos processos: implanta e desenvolve sistemas de garantia da qualidade (como as normas regulamentadoras da série ISO 9000), focando sempre a qualidade do produto e o cliente. Produtividade focada em estratégias de manufatura: atua na organização e planejamento do fluxo de produção, redução de estoques, diminuição do tempo de atravessamento, otimização e racionalização de processos, entre outras atividades.
Projeto de produtos: dedica-se a projeto de softwares ergonômicos, gestão de projetos e da inovação, redução do tempo de produção nominal em uma nova fábrica, transferência de tecnologia e de seu domínio efetivo. Organização do trabalho: volta-se para a formação, qualificação e desenvolvimento de competências adequadas a novas tecnologias.

Competências Científicas.

Sólida formação em ciências básicas como Matemática, Computação, Administração e Economia, com ênfase nos métodos quantitativos relacionados a estas últimas;
Capacidade de trabalho em equipes multidisciplinares;
Capacidade prática de abordagem experimental;
Capacidade de analisar e otimizar processos;
Formação ético-profissional.

Competências Pessoais.

Capacidade de utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões;
Capacidade de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;
Capacidade de utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos;
Capacidade de prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidade;
Capacidade de incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;
Capacidade de prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade;
Capacidade de acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade;
Capacidade de compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere a utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
Capacidade de dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;

Organizações Empregadoras

As indústrias de uma maneira geral, como a de construção, automóveis, alimentos, agroindústria, eletrodomésticos, equipamentos, etc.;
Empresas de serviço de uma maneira geral, como a de transporte aéreo, Internet, consultorias, etc.; Empresas públicas como os Correios, a Petrobrás, ANEEL, ANP, BNDES, etc.;
Grandes empresas privadas de petróleo, concessionárias de telefonia, bancos, seguradoras, fundos de pensão, bancos de invest

Mercado de Trabalho.

A formação acadêmica de um engenheiro de produção permite que este profissional desempenhe algumas funções que um administrador de empresa poderia exercer em uma organização (desde que não interfira nas atividades privativas do administrador, visto que a profissão de administrador no Brasil é regulamentada por uma lei federal - 4769/65). Muitas empresas estão contratando engenheiros de produção no Brasil, a fim de obter um profissional bastante completo e que possa desempenhar um grande leque de atividades dentro da organização.
Quanto a retração do mercado de engenharia no Brasil, o mercado de Engenharia de Produção, mesmo tendo pouco tempo, é o que desfruta da melhor situação. Todos os Engenheiros de Produção vêm conseguindo boas colocações no mercado principalmente em função do seu perfil que coincide com o que se está demandando nos dias de hoje: um profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global.
Em 1970, o mercado de trabalho do Engenheiro de Produção no Brasil começou a se tornar bastante abrangente envolvendo todos os setores da economia, desde o primário (relativo às atividades de extrativismo, pecuária, agricultura, etc.), passando pelo secundário (toda a indústria de transformação) até o terciário (setor de serviços).

Habilidades.

Compromisso com a ética profissional;· Iniciativa empreendedora; · Disposição para auto-aprendizado e educação continuada; · Comunicação oral e escrita; · Leitura, interpretação e expressão por meios gráficos; · Visão crítica de ordens de grandeza; · Domínio de técnicas computacionais; · Domínio de língua estrangeira; · Conhecimento da legislação pertinente; · Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;· Capacidade de identificar, modelar e resolver problemas. · Compreensão dos problemas administrativos, sócio-econômicos e do meio ambiente; · Responsabilidade social e ambiental; · "Pensar globalmente, agir localmente";

Competências do Engenheiro de Produção.


1. Ser capaz de dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;
2. Ser capaz de utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões;
3. Ser capaz de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;
4. Ser capaz de prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidade;
5. Ser capaz de incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;
6. Ser capaz de prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade;
7. Ser capaz de acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade;
8. Ser capaz de compreender a interrelação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere a utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
9. Ser capaz de utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos;
10. Ser capaz de gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas.

Livros Recomendados.


MANUAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: A FUNÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO SEÇÃO 1Autor: H. B. MAYNARDTítulo original: INDUSTRIAL ENGINEERING HANDBOOK

Assuntos abordados na obra:
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO,DESENVOLVIMENTO,EXPANSÃO,UTILIZAÇÃO FONTE,TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO DO ENGENHEIRO TERMINOLOGIA NA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO UTILIZAÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO.

sábado, 28 de março de 2009

Linha de Produção.


Linha de produção pode ser entendida como uma forma de produção em série, onde vários operários, com ajuda de máquinas, especializados em diversas funções específicas e repetitivas, trabalhando de forma sequencial, chega-se a um produto semi-acabado ou acabado; ocorre quando um estabelecimento industrial com o auxílio de máquinas se transformam as matérias-primas e produtos semi-acabados em produtos acabados destinados ao consumo. A forma mais característica, a da montagem em série, foi inventada por Henry Ford, empresário estadunidense do setor automobilístico. Graças a ela, Ford conseguiu produzir em massa seu famoso carro Ford T.
Na forma da montagem em série a indústria é associada a uma máquina, com cada operário se especializando pela repetição em uma determinada função. Criticada por "desumanizar" o homem, sofreu um dos mais famosos ataques quando Charles Chaplin realizou o filme Tempos Modernos, fazendo com que o seu personagem Carlitos sofresse uma crise nervosa ao trabalhar como autômato numa linha de produção.

Filme:Tempos Modernos de Charlie Chaplin.











Esse filme retrata um pouco do surgimento das maquinas e das Empresas.




No início do cinema haviam vários questionamentos sobre a legitimidade do cinema como arte. Muitos achavam que o cinema estaria sempre escravizado e relativizado ao teatro (antes, peças teatrais eram filmadas e exibidas, e mesmo quando depois não o fossem, a maioria dos autores ainda sim teatralizavam demais os filmes, não gerando um diferencial contundente que o pudesse diferencia-lo claramente do teatro). O cinema para ganhar esse status de arte própria teve de evoluir muito a ponto de "criar um novo modelo expressivo do real, a partir de elementos pertencentes aos próprios, e somente, mecanismos cinematográficos", de acordo resumidamente com umas das teorias que elevam o cinema a categoria de arte. E é exatamente isso que Chaplin fez, e de forma plena em “Tempos modernos”. Obra-prima. Defintivamente uma obra prima. Charles Chaplin criou várias obras máximas para o cinema, mas na minha opinião, “Tempos Modernos” é daqueles tipos de filmes que se envolvem bem com todas as possibilidades com que um filme pode ser envolvido. A temática, a direção, o roteiro, a trilha e todos os elementos para a criação de uma peça cinematográfica estão ali e em momentos de pura e perfeita conexão. Além de todas estas questões que são elementos do filme em si, ainda há a questão do contexto histórico no qual o filme foi realizado: era 1936,o cinema mudo já havia acabado faziam quase 10 anos ( o 1° filme falado foi "O cantor de Jazz" de 1927) e Chaplin se questionava e era questionado se seu personagem vagabundo iria continuar mudo. "Luzes da cidade" de 1931, outra grande obra do diretor , também foi mudo e fez grande sucesso, mas aquela altura não se sabia como as pessoas iriam receber novamente outro filme mudo do diretor. Carlitos é um personagem mestre em gags visuais e fazê-lo falar poderia destruir a magia do personagem. Ainda sim, mesmo contra tudo e todos, também devido a seu alto conceito perante hollywood, Chaplin não exitou em fazer, e pela última vez, um filme em que Carlitos continuaria mudo e pela última vez um próprio filme com o personagem Carlitos. Apesar disso, o filme tem algumas falas, mas esta é claramente uma menção ao surgimento de novas tecnologias, um dos temas no qual quase todo o filme se baseia. Não vou me prender a já tão comentada análise a qual o filme é uma crítica a novas formas de produção e especialização, que escraviza o operariado, uma crítica ao próprio conceito de modernidade industrial que surgia, que todo professor de história gosta de fazer após exibi-lo numa sala de aula (eu também passei por isso). Na época do filme, em que os EUA ainda sentia as dores da crise de 29 e que a 2° guerra estava por se anunciar, Chaplin recheou o filme de temas perigosos para a época, tanto devido a política estrangeira ( na Alemanha e na Itália foi obviamente proibido por acharem que o filme tinha apelos socialistas) quanto a política interna dos states que vivia a era do Macarthismo. Mas enfim, me prender um pouco a genialidade de Chaplin em tratar as imagens e em como ela se relaciona com a mensagem das cenas e do filme como um todo. Mas afinal, por que Chaplin é considerado um gênio? Porque ele sabe fazer como poucos no que no cinema mais se aclama: se manisfestar bem através das imagens. A inventividade em criar quadros e situações que são fantasticamentes explicadas somente pelas imagens é sua marca registrada. Quem não se lembra da antológica cena em que carlitos é confundido como líder de um movimento grevista após pegar uma bandeira que cai de um caminhão ? Ou quando ele é engolido pelas máquinas, demonstrando o total domínio das máquina sobre o homem ? Chaplin não usa das palavras, porque delas não as necessita. No único momento em que o personagem usa sua voz, na realidade ele não fala, mas canta. E canta num dialeto inexistente, talvez uma mistura de várias línguas. Nesta cena, o personagem tem que cantar para entreter o público, mas como por obra do destino ele perde a letra da música (outra momento hilário por sinal), Carlitos simplesmente canta qualquer coisa, mas para que o público entenda o que significa a canção, ele de novo faz o uso da mímica para retratar o que esta representa. De novo Chaplin exalta o poder da linguagem visual para poder se expressar e se comunicar. E de novo consegue nos presentear com uma cena memorável. As cenas de fábrica também são muito interessantes, muito bem recheadas de elementos que enriquecem o que a situação quer significar. Nos momentos em que Carlitos está plenamente condicionado a fazer o trabalho de enroscar parafusos, todo o fundo do quadro é sempre muito bem agitado, demonstrando o vigor de uma fábrica que não pára, assim como seu trabalho. Os imensos aparatos mecânicos, com suas enormes engrenagens são um show à parte, e Carlitos sempre nos concede uma relação de domínio destas sobre ele. Ou seja, nos filmes de Chaplin, além de um bom domínio das situações,que na maior parte das vezes se explicam por elas mesmas,também tem de haver um bom cenário, seja em sua simbologia e sua relação com o tema, seja na possibilidade de interação dos personagens com ele, ou seja através de ambos, que é o que mais ocorre no caso de “Tempos modernos”. Além de todas essas qualidades do filme ( a temática que transcende as épocas: essa questão do moderno X antigo e da relação do homem e da sociedade com esse conflito; a riqueza no trato da comunicação somente através das imagens; a estética que se envolve plenamente com o tema e com os próprios personagens em cena) a música é outro fator fundamental no filme. De autoria do próprio Chaplin, “Smile” se tornou um grande clássico mundial, possui regravações cantadas inclusive por vozes brasileiras. As músicas do filme como um todo modelam o ritmo da cena de forma extremamente coerente, mostrando que as imagens junto com suas composições e a música, formam uma riqueza dialética que tem por objetivo expressar ao máximo a mensagem, a proposta de cada cena. Essa questão da música já era muito bem utilizada obviamente em toda a história do cinema mudo, mas saber que Chaplin era o autor das músicas ( o IMD não me afirma se Chaplin era ou não o autor de todas as músicas de “Tempos modernos”, acredito que sim) do filme enriquecem sua autoria com relação a genialidade do filme. Enfim, muitos comentários acerca desse filme devem ser feitos, talvez eu escreva um pouco mais minha opinião sobre ele no futuro, mas o que deve ter prevalecido até aqui (espero eu) é toda a riqueza que existe no filme, seja no filme, nos temas ou no contexto no qual ele foi feito. “Tempos modernos” é daqueles filme que ultrapassam as épocas, sempre irá se falar dele, ele sempre será útil para se entender, mesmo que parcialmente, a evolução do cinema, e porque não, a evolução da própria história. E por isso é um obra que tem de ser vista e revista.
"Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação".Charles Chaplin

sexta-feira, 27 de março de 2009

As mulheres na engenharia de produção



Mulheres conquistam espaço no mercado de Engenharia
27 de novembro
Foi-se o tempo em que Engenharia era profissão de homem. O perfil dos cursos nessa área mudou muito nos últimos anos, com o aumento da presença feminina. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, do Ministério da Educação, na última década, o número de alunas nos cursos de Engenharia no Brasil saltou de 25,5 mil para 42,8 mil, o que representa um aumento de 67,8%. Nos cursos de graduação em Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação do Inatel, atualmente, as mulheres representam 6,8% do total de alunos. Segundo o professor Carlos Nazareth Mota Marins, coordenador da Comissão do Vestibular do Inatel e ex-aluno da instituição, em seu tempo de faculdade era bastante comum turmas com uma ou duas mulheres. “Hoje temos uma média de oito alunas por turma, o que representa um aumento significativo”, acrescenta o professor.

Qual a diferença entre engenharia de produção e administração de empresas ?

A engenharia de produção tem um conteúdo tecnológico, isto é o aluno cursa as disciplinas básicas de química, física e matemática complementadas por um conjunto de matérias de engenharia, tais como materiais, desenho técnico, eletrotécnica, automação industrial etc... É claro que a profundidade que o aluno estuda essas matérias técnicas é menor que a dos seus colegas da engenharia elétrica, mecânica, etc.Ambas as carreiras têm matérias sobre administração, comércio, contabilidade e técnicas de gerência. Na engenharia de produção essas matérias estão mais voltadas para a realidade industrial.

Como está o mercado para os engenheiros de produção ?


Considerando-se a situação atual de retração do mercado de engenharia no Brasil, o mercado de engenharia de produção é sem sombra de dúvida o que desfruta da melhor situação. Todos os engenheiros de produção vem conseguindo boas colocações no mercado principalmente em função do seu perfil que coincide com o que se está demandando nos dias de hoje: um profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global.O mercado de trabalho para o engenheiro de produção tem-se mostrado extremamente diversificado. Além do mercado tradicional (empresas e empreendimentos industriais), altamente instável e dependente da estabilidade econômica, uma série de setores/áreas passaram a procurar os profissionais formados pelas melhores universidade em engenharia de produção.O ponto em comum entre todas as áreas citadas abaixo é o dinamismo e sua alta taxa de crescimento. São setores que tem crescido mesmo quando a economia como um todo tem se estagnado e todas as previsões são unânimes em considerá-los como extremamente promissores no futuro (próximos 5 anos). Os principais são:
Finanças
Telecomunicações
Atuária
Informática e Internet
A Engenharia de Produção se dedica ao projeto e gerência de sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e o ambiente.
Ela é uma engenharia que está associada as engenharias tradicionais e vem ultimamente ganhando a preferência na escolha dos candidatos à engenharia. Ela é sem dúvida a menos tecnológica das engenharias na medida que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimentos e habilidades. O aluno de engenharia de produção aprende matérias relacionadas a economia, meio ambiente, finanças, etc., além dos conhecimentos tecnológicos básicos da engenharia.

O que faz um engenheiro de produção ?







Ele pode trabalhar em diversas áreas da empresa:
· Área de operações: execução da distribuição dos produtos, controle de suprimentos, ...
· Área de planejamento: estratégico, produtivo, financeiro, ...
· Área financeira: controle financeiro, controle dos custos, análise de investimentos.
· Área de logística: planejamento da produção e da distribuição de produtos, ...Área de marketing: planejamento do produto, mercados a serem atendidos

Em que setores da economia trabalha um engenheiro de produção ?

Em vários setores tais como:
· Indústrias de automóveis, eletrodomésticos, de equipamentos, etc. enfim setores que fabricam algum tipo de produto.
· Empresas de serviços tais como: empresas de transporte aéreo, transporte maritimo, construção, consultoria em qualidade, hospitais, consultoria em geral e cursos, etc.
· Instituições e empresas públicas tais como: Correios, Petrobras, Agência Nacional de Energia, Agência Nacional de Petróleo, BNDEs, etc.
· Empresas privadas de petróleo, usinas de açucar, empresas de telefonia, agroindústrias, indústrias de alimentos, bancos (parte operacional), seguradoras e fundos de pensão.
· Bancos de investimento (na análise de investimentos)

Qual é então a área específica de conhecimento de um engenheiro de produção ?

O engenheiro de produção tem como area específica de conhecimento os métodos gerenciais, a implantação de sistemas informatizados para a gerência de empresas, o uso de métodos para melhoria da eficiência das empresas e a utilização de sistemas de controle dos processos da empresa. Tudo o que se refere as atividades básicas de uma empresa tais como planejar as compras, planejar e programar a produção e planejar e programar a distribuição dos produtos faz parte das atribuições tipicas do engenheiro de produção. É por isso que o engenheiro de produção pode trabalhar em praticamente qualquer tipo de indústria.